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domingo, 2 de janeiro de 2011

Elementos de teurgia

Princípios elementares de teurgia

Os procedimentos teúrgicos têm relação direta com seu operador e seus orientadores espirituais. Todo o material usado deve estar em perfeita sintonia com as configurações astrais do operante. Desde uma referência geofísica como um ponto cardeal ao corpo energético do operante do processo. Com isto colocado entende-se que a magia trás consigo a ancestralidade do operante, e um bom mago é aquele que conhece muito bem seu passado eterno, ou pelo menos, seus piores erros neste campo, pois ninguém é mago pela primeira vez. Os magos correm os séculos e de encarnação e reencarnações surgem na terra, uns para fazerem o bem, outros se debandam pelos caminhos mais fáceis da goética. O primeiro passo para a arte da magia é o autoconhecimento. Tendo um guia de verdade, tendo o convite para a senda sem retorno dos magos; aquele que alguns escritores dizem que está em nossas mãos, em forma de rabiscos e signos cabalísticos, como triângulos, quadrados, estrelas, etc., e tendo, é claro, o reconhecimento de um centro com direito legítimo de trabalho, o iniciando deve partir para o autoconhecimento. A pergunta foi: O que é magia? O autoconhecimento sempre foi uma das mais poderosas magias e porta de entrada para as escolas e lojas de magia em todas as épocas. Desde Hermes Trimegistus, Pitágoras, Sócrates e outros, que o mago tem que passar pelo oráculo de Delfos: Quem sou eu? Jesus nos ensinou: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. A verdade de quem fui e fiz e porque vim agora um mago. Porque preciso operar os processos espirituais em favor dos outros e muitas vezes ter que renunciar a mim mesmo por amor ao meu próximo. Existe o mago missionário. Aquele que veio multiplicar as células vivas do Astral plantadas no nosso orbe. Existe o mago que veio pagar alguma coisa ou muitas coisas. Este já foi um mago antes com toda certeza. E usou a magia para fazer sofrer as pessoas. O autoconhecimento é fundamental para o despertar de um novo mago em um centro de teurgia. O autoconhecimento vem com a vivência de centro, com o meditar sobre a vida e leituras específicas como livros escritos por outros magos, e com a comunhão com o guia, pois cabe a este iniciá-lo no mistério dos magos - O Mistério das Sete Espadas. Lembro-me que um dia eu estava em Poço Redondo Sergipe; eu era professor em um curso de extensão de uma Universidade. Eu tinha que me hospedar em uma pensão todo final de semana. Um dia percebi que havia algo errado em meu quarto. Senti que algo muito ruim havia ocorrido ali. E de fato. Um hospede havia falecido naquele quarto com sua amante. Na outra semana me colocaram em outro quarto. Por volta das duas da madrugada saí de meu corpo e vi que eu estava cercado por espíritos trevosos em forma de crianças. Todos usavam um tipo de arma que nunca entendi o que era aquilo. E eles vieram contra mim com muita fúria. Tentei voltar ao corpo para movê-lo, mas, nada feito. Eu estava cercado por uma legião de quiúmbas famintos para vampirizarem minhas energias. Quando eu achava que tudo estava perdido olhei para minha mão direita e vi um sabre com o cabo alaranjado e a lâmina super afiada. Com a espada na mão, gritei com voz forte e confiante: Ogum yê! Os quiúmbas desapareceram apavorados com o NOME. Desde então trago comigo este pequeno sabre. O sabre que Ogum me deu. E com ele só consigo fazer o que Ogum deseja, e dentro de meus limites e de Seus limites predeterminados para minha visita ao planeta terra. O autoconhecimento é muito importante. O mago deve descobrir que o é. Não é um mero achismo como dizer: “Eu acho que sou isso ou aquilo”. Este tipo de comportamento geralmente oculta a serpente do paraíso – a vaidade humana. Conheça-te a ti mesmo, foi o que Sócrates disse 300 anos antes de Cristo. As escolas iniciáticas exigiam certos conhecimentos, mas, o mais importante para o mago é: Sou um mago? Ou sou um curioso que gosta de fazer milongas? Se tu tens um guia de verdade ele te conduzirá ao autoconhecimento. Esta é uma das maiores magias de um umbandista. Nossos centros estão repletos de pessoas que não sabem o que estão fazendo na Umbanda. O continuum religioso, ou seja, a continuação na fé depende muito do autoconhecimento e do conhecimento das teorias elementares de nossa fé. Esta deve ser uma das razões de tantas ovelhas desgarradas do aprisco de Oxalá.


O que é goética?
O submundo da espiritualidade; o mundo trevoso do bruxedo é chamado de goética – a ativação das forças naturais com fins maléficos. Existem atualmente vários movimentos que se dizem “esotéricos”, mas que representam o passado negro em termos de magia. Não vou citar nomes aqui. Se você tiver um olhar bem observador verá com muita facilidade os adoradores de cemitérios e profanadores de lugares sagrados. Os bruxos estão em todo lugar. Recentemente em Aracaju um grupo de um movimento “X” que se intitulavam góticos (não me refiro aos que fazem do gótico um estilo de vida), profanou um cemitério da cidade, fazendo sexo sobre os túmulos e rituais de invocação de suas entidades. Resultado dois jovens do grupo foram internados com transtornos psíquicos graves. O ocorrido levantou para mim a questão das magias negras disfarçadas de brincadeiras de criança. Um jovem muito inteligente se envolveu com uma dessas escolas de magos, que, aliás, se multiplicam por toda a Aracaju. Fez um ritual na praia, vejam, logo na praia. Todo mago de Umbanda sabe que trabalhos na praia são de muito respeito e perícia por parte do operador. As forças da natureza que estão presentes na praia são poderosas. Acenderam as velas e o grupo operou o processo em nome de seus deuses. Conseqüência, uma das integrantes do grupo logo após a magia sentiu que estava em obsessão e tentou suicídio três vezes. Na mesma semana um dos integrantes do grupo morreu afogado no mesmo lugar. Outra jovem foi atropelada em uma encruzilhada um mês depois. E o operador, “o mago”, está com a vida arrasada até os dias atuais. Dizem que pirou da cabeça. Pai Joaquim diria: “Fio, magia só faz quem tem. Não se ativa força que não se tem em nós, é o primeiro passo”. Muitos de nossos irmãos no santo fazem as chamadas magia, ou, firmação de pé de trunqueira. Geralmente os objetivos são amarração, vingança, etc. as pessoas se acham no direito de solicitar logo a um guardião de Umbanda para fazer trabalhos escusos desrespeitando o livre arbítrio das pessoas e a Lei Maior: “Nenhuma magia pode ser ativada contra um ser humano”. Que direito eu tenho de fazer alguém gostar de mim pela força do magnetismo de uma magia. E a covardia de se vingar de alguém pedindo a um cobrador, logo a um cobrador para derrubar essa ou aquela pessoa? Isso é o mundo do bruxedo, da goética, do culto ao mal, e infelizmente está muito presente na vida dos que se dizem mago, e algumas vezes, magos de Umbanda. No início de meu ministério fiz muitas tolices; fui às encruzilhadas de asfalto, entrei em cemitérios sem o devido conhecimento, cobrei caro das pessoas por meus trabalhos. Até que um dia pela tarde eu estava lendo o livro dos médiuns, e ao meu lado apareceu o rosto bonito de uma senhora linda. Ela havia falecido há muito tempo atrás. E ela me disse: “Pare de fazer estas coisas, senão vais pagar muito caro!” eu sempre pedi aos guias para não ver os mortos. Não acreditei no que via e ouvia. Pedi a senhora para mover uma caixa de fósforos vazia. “Se você é você, mova esta caixa de fósforos!” A caixa de fósforos que estava sobre meu birô não saiu do lugar. “Tá vendo como não vi nada!” “Graças a Deus!” Pouco tempo depois o sono pegou e fui me deitar. Ao deitar em minha cama percebi que havia alguém em pé em minha cabeceira. Logo em seguida a cama foi jogada no ar por três vezes consecutivas. Eu peso muito mais que uma caixa de fósforos, meu peso era na época 98 quilos. Definitivamente, entendi que era um aviso do Astral para parar de criancice. O número 3 é uma mensagem para nós que gostamos de analisar os números sabemos muito bem o que ele quer dizer. O mundo da goética é brincadeira séria de alguns e meio de vida de outros. Conheci um homem que se dizia mago. Ele cobrava muito caro pelos seus serviços. O pobre tinha que andar com seguranças. Havia sofrido vários atentados de políticos como retaliação a seus serviços. Meu jovem mago, iniciado no Mistério das Sete Espadas: Aprenda que teurgia é uma ciência milenar, a ciência que é filosofia e religião, é uma síntese do conhecimento humano e está a serviço do Astral Superior, da Constelação dos Espíritos de Luz para o bem da humanidade. O mago de Umbanda trabalha para neutralizar, cancelar, desativar as obras do bruxedo e não o contrário. Pense e medite.
Saravá Senhor Ogum Sete Espadas.


Partindo do entendimento do que é magia, do que é um mago, do que é magia negra, podemos prosseguir para o entendimento do ato processual mágico. Toda magia é um ato ou uma sucessão deles. Às vezes é um ritual, portanto, conjuga uma variedade de ações ou atos mágicos. Assim como o mover do Espírito do Todo Poderoso se move nos quatros cantos do planeta para uma finalidade positiva na vida de um ser encarnado, os atos mágicos conjugados ou não devem servir para o mesmo fim. A magia alcança o norte, o sul, o leste e o oeste. Ato mágico é toda ação que envolve as forças da natureza em um processo mágico dentro de um espaço mágico. O ato mágico é uma ação física do homem sobre a matéria, portanto o ato mágico possui uma variável cultural. A magia tem formas diferentes em culturas diferentes. Por isso a magia de Umbanda possui uma diversidade cultural muito grande. As Umbandas são muitas; e cada uma possui processos mágicos peculiares que muito contam da história de sua região. O ato mágico pode ser individual ou em grupo. Pode ser ritualístico ou não. O ato mágico é uma ação da vontade humana sobre a matéria. Por isso o ato mágico exige concentração e ligação mento astral com um guia. A vontade do homem potencializa a ação de um guia sobre a matéria modificando-a. Quando a vontade é forte e insistente, o operante concede fluido ao guia do processo e esse manipula a matéria em comunhão com seu aparelho. O ato mágico nesta dimensão é uma co-ação. O guia e o mago unidos pelo magnetismo mento astral e fluido animal humano. O verdadeiro mago conhece a natureza insólita da matéria e sabe que esta se deforma sob a pressão de seus pensamentos. Temos então que o ato mágico é uma ação conjugada de dois espíritos. Um encarnado e o outro desencarnado ou encantado. O ato mágico só faz sentido se for realizado por um mago verdadeiro. Não tomemos o termo ato mágico como qualquer acontecimento milagroso. Podemos dizer que uma criança foi salva de um acidente como por ato mágico. Ato mágico neste livro é o procedimento de um médium mago operando uma magia de Umbanda. Acender uma vela é um ato mágico, por exemplo. O irmão Soares acendeu sua vela e fez sua prece a Xangô. Depois foi fazer seus afazeres. O mago acendeu sua vela a Xangô e no ato de acendê-la entrou em sintonia mento astral com seu guia e direcionou seu magnetismo pelo magnetismo presente naquele ato até um alvo certo e seu espírito logo, logo, percebe que algo foi ativado ou neutralizado na realidade, no mundo real. Para o mago não foi apenas um acender de uma vela que não deixa de ser sempre mágico. Mas isso se torna um ato mágico poderoso nas mãos de um verdadeiro mago de Umbanda. O ato verdadeiramente mágico exige um espaço mágico. E o que é espaço mágico?

O que é espaço mágico?
Espaço mágico é todo e qualquer espaço consagrado à operação de magia. Desde a antiga Suméria até os dias atuais os homens separam espaço na matéria para realizarem suas magias. Um exemplo claro de um espaço mágico é um templo. A arquitetura de muitas igrejas cristãs na Europa mostra a presença da religião dita pagã no cristianismo. Pois seus espaços mágicos trazem evidências da presença das religiões esotéricas, ou pagãs. Os antigos pitagóricos acreditavam que algumas formas geométricas eram sagradas porque representavam a divindade ou uma relação com a divindade. Essas formas eram usadas em magias para separarem espaços mágicos. O espaço mágico é o ambiente onde ocorre a magia e o ponto de força de onde suas energias são direcionadas. Os atos mágicos são operados em grande parte no espaço mágico. O espaço mágico de um médium mago de Umbanda tem muita coisa em comum com ele. Todo médium operador de magia deve conhecer sua posição na roda da magia. Qual é seu pólo de entrada e de saída de forças. Contudo minha vivência mostra que quando alguém é mago de verdade mesmo que ele desconheça estas coisas a magia se realizará com certeza. Mas isso não anula a necessidade do aprendizado do que já foi assentado para nós por nossos grandes mestres da magia. Muitas vezes em uma magia mais de um espaço pode ser aberto. Um médium de Ogum inicia seu trabalho acendendo uma vela para Ogum em um sinal de Pemba autorizado por Ogum para esse fim. Depois ele risca mais um riscado onde serão colocados os elementos movimentadores de energia. Temos então uma magia e dois espaços relacionados. Outros irmãos separam seus espaços mágicos usando apenas as velas. Outros usam panos para forro ou assento de oferendas. Esses espaços são espaços mágicos.
O círculo e o triângulo
Hoje eu tenho habilidade para riscar dezenas de sinais cabalísticos em meus trabalhos. Mas nada se compara a aqueles que você recebeu diretamente de seu guia. O círculo como meio de delimitar meu espaço mágico foi o primeiro riscado que me foi dado numa época em eu nem imaginava o que era lei de Pemba. Minha mãe de santo tinha uma necessidade muito grande de um médium que tivesse esse dom. Ela me passou a Pemba e olhou o que eu ia fazer com ela. O caboclo riscou seu ponto e depois um círculo e em torno dele pôs as velas. E ali iniciamos na magia. Vi problemas graves serem resolvidos dentro desse círculo mágico. Uma senhora teria suas pernas amputadas e ficou curada em alguns dias, outra tinha câncer na vagina e foi curada também. Se fossemos contar as benções recebidas seriamos tomados por arrogantes. Para os pequenos iniciantes na magia como nós, o círculo e o triângulo são sinais poderosos para delimitar um espaço mágico. Entenda; o mago nunca deve trabalhar o que não tem. Se você só tem um ponto riscado no chão, trabalhe com ele. E dele sairá o que você nem imagina. A magia de pontos riscados é tão antiga quanto a humanidade. Não é nada novo como tem sido dito por alguns. Não aconselho a cópia de pontos riscados de ninguém, mesmo sabendo que teu guia pode usar o que já foi posto. Mas neste caso ele vai te fazer ter certeza que isso é teu. O guia tem uma relação com os pontos que te são permitidos operar e eles chegam as tuas mãos de várias formas, na maioria delas em estado de incorporação. O círculo representa o todo. O universo, o Deus Uno. O triângulo representa a conjugação de energias e pólos magnéticos ativados para determinado fim. Assim como do círculo fluem energias que podem se irradiarem em várias direções, do triângulo nós podemos direcioná-la numa só direção específica. No quadrado eu posso recolher vibrações negativas e anulá-las pela fé em meu Orixá. Todos os Orixás podem operar num triângulo, num círculo ou num quadrado basta o médium magista ter o direito de riscá-los e crer que o fenômeno logo acontece. E quem não trabalha com a Pemba? Não é umbandista? Como foi posto acima ele têm outras formas de delimitar o seu espaço mágico. O que conta na verdade é a atitude mental do operador:
- Vontade forte;
- Ligação mento-astral com o guia;
- Concentração;
- Operar a magia de forma sempre ritualística: cantos, procedimentos, invocações, etc.
- Visar o bem de seu próximo.
- Guardar os resguardos pedidos no trabalho.
Com estas coisas em dia o mago logo percebe qual é sua vocação.
Salve o caboclo Tupynajé!

O mago e os Orixás

O mago irradia e recebe as irradiações dos Orixás. Ele é um magneto vivo. Os Orixás são peças fundamentais para o trabalho de um mago. Na magia de Umbanda, sem Orixá sem magia. Em outros sistemas a magia é operada por outras vias. Na nossa Umbanda o Orixá é tudo na magia. Um mago de Umbanda deve ter comunhão com o seu Orixá regente de trabalhos e a ele seguir. Um dia me deparei com uma situação muito complicada. Uma irmã de fé estava passando por um problema muito difícil. Uma entidade de esquerda disse a mesma que o problema só seria resolvido se ela desse a ele quatro bichos de quatro patas. Não me conformei com o fato. Nosso centro não trabalha com Menga (abate de animais). Meditei sobre o caso e invoquei Oxum e Oxumaré para o trabalho. O caboclo preparou uma porção mágica que deveria ser sempre renovada a cada lua crescente durante um tempo determinado, o trabalho de Oxum, que foi muito simples foi arriado na beira do Rio do camboatá. Três meses se passaram e o problema familiar estava totalmente resolvido. Hoje quando vejo o casal e o filho que tiveram logo depois da crise muito me alegra; este caso ficou conhecido para mim como: As flores de Oxum. Algumas pessoas copiam receitas de magia. Saiba que cada magia é única, e que só te serve a tua magia, pois ela está sempre vinculada ao teu Orixá. Com 16 anos eu vi Oxum na minha frente com as duas mãos me chamando para algo que eu nem imaginava que aconteceria. Aos 45 anos ouvi sua voz doce dizendo-me: Trabalhe para mim! Pouco tempo depois eu fui iniciado na Umbanda. Assim foi Oxum, assim foi Ogum e outros; cada um tem sua função e seu momento de atuar. Meu caro mago de Umbanda trabalhe com o seu Orixá. Os Orixás nunca agem isoladamente, uma magia nunca ativa um único Orixá.
Aqui está a lista dos Orixás cultuados em nossa Umbanda:
- Oxalá fazendo par com Oyá-tempo. (um tipo de Iansã)
- Oxum fazendo par com Oxumaré.
- Oxossi fazendo par com Obá.
- Xangô fazendo par com Iansã.
- Ogum fazendo par com Iansã.
- Obaluaiê fazendo par com Nanã.
- Iemanjá fazendo par com Omulu.
Estes pares formam as sete linhas de Umbanda para nós. E dentro das sete linhas o ternário de Umbanda se apresenta de forma bem nítida aos nossos olhos: Caboclos, preto-velhos e crianças. Esse é o princípio de toda a magia de Umbanda. Três forças conjugadas com o objetivo de realizar a felicidade humana na terra desenvolvendo o ser em todos os sentidos da vida. O mago de Umbanda deve estar ligado a, pelo menos um, desses Orixás. Sem Orixá, sem magia!

Qual é o seu Orixá de cabeça?
Já me deram tantos Orixás. Já me disseram que eu tinha de fazer isso e aquilo. Já vi tantas pessoas padecerem com feituras e feituras. Já vi tanta gente sofrer horrores porque andou batendo a cabeça em tanto roncó. Somente uma mão de Ifá com direito e autoridade pode dar um Orixá com 100% de credibilidade. Mas, pergunto eu, esse humilde servo de Oxum: Quantos centros têm essa tão falada mão de Ifá? Já vieram para mim tantos irmãos confusos porque os búzios disseram que eles eram isso e aquilo. Depois de um tempo descobriram que suas vidas estavam a beira do caos. Sabemos que o Mistério Orumilá é coisa séria, mas também sabemos que nem todo centro possui um sacerdote de Orumilá a sua disposição. Alguns dizem que podemos ver pela mão (quiromancia), outros pela data de nascimento e horário de nascimento. Meus caros quando foram feitos os primeiros mapas astrais as posições planetárias eram tão diferentes das de hoje. Sem jogar lama na astrologia, acredito em sua importância, mas duvido de sua exatidão para conferir um Orixá a alguém com 100% de certeza. A concepção de sistema solar mudou e muita coisa que vemos no céu é apenas marca do passado astrofísico do universo. Meu caro irmão: Quantas pessoas sabem o seu horário de nascimento? Posso dizer a vocês que uma ou duas souberam durante todo esse tempo que tenho atendido em um centro de Umbanda. E agora o centro deve ser fechado? Certo que não, pois tenho visto muita benção ser derramada pelos Orixás naquela humilde casa. Existe uma passagem na bíblia, o livro sagrado dos hebreus, que muito pode elucidar esse problema. “O espírito dos profetas estão sujeito aos profetas”. A nossa comunicação mento astral com os Orixás nos capacita a dizer com certeza o Orixá das pessoas. Nós somos os profetas, e os espíritos que atuam em nós nos passam informações preciosas para a edificação da Corrente Astral de Umbanda. Exceto o segredo de Orumilá, esta é a via mais confiável de se dizer um Orixá de alguém: O discernimento espiritual que advém de uma vida de comunhão com seu Orixá regente. Sem o discernimento, sem a vidência, nada feito. Você estará condenado a fazer contas e analisar mapas e mapas, e sempre haverá uma dúvida dentro de você. A numerologia também não garante e as contradições são várias. Estudando diversas cabalas percebi que existem variações entre elas, o que implica numa variação nos números conferidos aos Orixás. Já existem conflitos entre autores e cada um esbraveja que sua cabala é a certa. Vaidade!
Salve o Trono das Sete Encruzilhadas, salve Ifá!