André Luiz em seu livro “Mecanismos da Mediunidade”, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, define animismo como sendo “o conjunto dos fenômenos psíquicos produzidos com a cooperação consciente ou inconsciente dos médiuns em ação.” Já Richard Simonetti em seu livro “Mediunidade – Tudo o que você precisa saber”, diz que animismo, “na prática mediúnica, é algo da alma do próprio médium, interferindo no intercâmbio.”
Ramatis no livro “Mediunismo”, pela psicografia de Hercílio Maes, diz que “animismo, conforme explica o dicionário do vosso mundo, é o “sistema fisiológico que considera a alma como a causa primária de todos os fatos intelectivos e vitais”.
“O fenômeno anímico, portanto, na esfera de atividades espíritas, significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe algo de si mesmo à conta de mensagens transmitidas do Além-Túmulo.”
“O fenômeno anímico, portanto, na esfera de atividades espíritas, significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe algo de si mesmo à conta de mensagens transmitidas do Além-Túmulo.”
Devido à essas várias definições e a outras como estas, a palavra animismo vem sendo utilizada de forma perjorativa e negativa para tudo aquilo que fosse produzido pela mente do médium, mas que não tivesse nenhuma contribuição ou participação dos espíritos desencarnados. E ao longo dos anos, essa palavra passou a ser um pesadelo para os médiuns de vários cultos espiritualistas (kardecistas, umbandistas e etc.), especialmente os iniciantes, por conta da errônea utilização da palavra animismo, como sinônimo de fraude, fanatismo e mistificação.
A mistificação é caracterizada pela FRAUDE CONSCIENTE do médium, e pela simulação premeditada do transe mediúnico, com a intenção de ENGANAR os outros. Enquanto, a atuação anímica do médium acontece quase sempre inconsciente, de forma que o próprio médium não consegue perceber a sua interferência ou participação no fenômeno mediunico, não sabendo destinguir o que é de seu sub-consciente e o que é de mensagem da entidade.
É o que nos diz Hermínio C. Miranda em seu livro “Diversidade dos Carismas”, quando afirma que “o fenômeno fraudulento nada tem a ver com animismo mesmo quando inconsciente. Não é o espírito do médium que o está produzindo através de seu corpo mediunizado, para usar uma expressão dos próprios espíritos, mas o médium como ser encarnado, como pessoa humana, que não está sendo honesto nem com os assistentes nem consigo mesmo. O médium que produz uma página por psicografia automática, com os recursos do seu próprio inconsciente não está, necessariamente, fraudando e sim, gerando um fenômeno anímico. É seu espírito que se manifesta. Só estará sendo desonesto e fraudando se desejar fazer passar sua comunicação por outra, acrescentando-lhe uma assinatura que não for a sua ou atribuindo-a, deliberadamente, a algum espírito desencarnado.”
Hermínio Miranda, ainda diz que, “em verdade, não há fenômeno espírita puro, de vez que a manifestação de seres desencarnados, em nosso contexto terreno, precisa do médium encarnado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma (espírito encarnado) e, portanto, anímicas.”
Concluindo, o animismo é um processo comungado por todos os médiuns, posto que não há atividade mediúnica sem animismo. Porém, o fenômeno Animismo jamais poderá ser confudido errôneamente com mau-caratismo e charlatanismo, posto que são coisas absolutamente destintas.